terça-feira, 19 de janeiro de 2010

NoiseThrash e Veg Casa


Hallo ameguenh@s, já que a dona Ellen (vulgo xMellx) resolveu tirar férias, e se mandar pra Macéio por uma semana, sobrou pra mim fazer o relato do que foram os insanos NoiseThrash e Veg Casa – Edição de Férias.
Contando com presença mais do que especiais dos tocatinenses do Fast 4 Thrashers e do Mata-Burro, deram uma passada neste fim de mundo que é Belém para maltratar nossos ouvidos sedentos por música rápida. Era pra ter vindo também o Cranium Bash, mas infelizmente os caras não puderam vir.

NOISETHRASH


Pra começar a presepada toda, tivemos a meninada do Criaturas de Simbad, mostrando porque é conhecido como o I Shot Cyrus caboclo. Alcunha essa que nunca lhes caiu tão bem ! Cada vez melhores, os caras mandaram sua barulheira calcada no que de melhor existe dentro do fast/thrashcore, com uma dose de crossover se meus ouvidos maltratados captaram a mensagem. Na “noite das participações” contaram ainda com Jardel, Vedita e Fellipe dividindo os vocais em algumas música, com direito a cover do próprio ISC e Discarga. Cyrus is not dead !
O Fast 4 Thrashers foi a grata surpresa da noite. Puta que pariu! Égua da banda fodida, seu! Com seu thrashzão cativante e de primeira, supreendendo os desavisados (como este que vos escreve). Colocaram sxe’s, hardcoreanos, thrashers, crusties, queers e demais jovens sem futuro pra balançar o pescoço, remechar a pança em dancinhas ridículas e correr em círculos. Ainda mandaram um cover matador do lendário Azul Limão “Satã clama azul” . Set curto, mas certeiro. Excelente banda.
Pausa pra arrumar o som e é a vez dos veteranos do Nó Cego. Moído como já estava, não me aventurei a curtir esse na frente do pequeno palco. Com o lugar já bem cheio, mandaram seu punk rock certeiro, cheio de letras sarcásticas. O som do Nó Cego é daqueles que não tem como não balançar o esqueleto. Quando tu percebes, tá ao menos mechendo o pé, dando passinhos pra frente pra trás ou ensaiando um air-guitar de leve. Quando não está se acabando no pogo. Mantiveram a galera aquecida para a destruição que viria a seguir.
Hora do Mata-Burro, e aí a casa caiu. Pogo, moshs sobre uma prancha de windsurf, banho de cerveja, pessoas feias sem camisa, invasões do palco, ventilador decepador de cabeças, coreografias de balé russo, carteiras perdidas e trombadas que fizeram sumir as dores da minha escoliose, foram a bola da vez. HC/Crossover desesperado, bem tocado, urgente do que tipo que fazia tempo não esculhambava meus tímpanos. Levaram um cover de “Censura”, do DFC fazendo os jovens rockeiros se amontoarem uns sobre os outros, disputando o microfone. Dilíça.
O Cranium Bash, como já dito não pode vir a Belém, já os thrashers do Inferno Nuclear não tocaram, por motivo que não entendi muito bem, coisa da própria banda. Uma pena. Fica pra uma outra oportunidade.
Amigos, pogo, música barulhenta, broca vegetariana o que mais eu podia querer ? Se posso reclamar de alguma coisa, é só mesmo da cerveja cara.
É isso aí, valeu a Voadeira Crew por organizar a brincadeira toda. Cr$ 10 tava mais do que justo pra sacar 4 bandas num equipa de som legal, num lugar massa. Mais legal ainda a oportunidade de poder sacar o quem tem sido feito em outras cidades/regiões quando o assunto é barulho.

VEG CASA

Já a Veg Casa, foi aquilo que já estamos acostumados: calor e gente-feia-sem-camisa suando horrores, pessoas tentando entrar no teto e todo esse show de horrores que já estamos mais do que acostumados. O que, quando se está numa sala de estar, fica MUITO mais interessante.
E foi mais uma dose de thrash/crossover/hc, com a dupla dinâmica Fast 4 Thrashers & Mata-Burro, sem dar tempo dos hematomas sararem. Rolou até a estréia do Primos de La Beata, mais uma banda horrível pra agradar nossos ouvidos sedentos por barulho. Formados por figurinhas já conhecidas (Kaká - Derci Gonçalves, na guitarra; Carioka – Escárnio, vocal; Wood – Morte Suicida, bateria e Kleyton – Ruwa, no baixo) não deixaram a peteca cair, mandando um punkrock nervorso. Já espero pelas próxinas traquinagens desse quarteto.
E foi isso, e pra encurtar a história: Quem não foi, se fodeu !


Pëixë

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